quinta-feira, 23 de julho de 2009

Saudade...

Saudade...

Saudade do tempo em que andamos de metrô ouvindo músicas que não conheço, apesar de ter sido uma única vez.
Saudade de cozinhar, de sentir o cheiro de manjericão fresco, de tomar vinho tinto ouvindo histórias desinteressantes que me soavam como best-sellers.
Saudade de cafuné, de filme antigo, de rir do que não tem graça até que comece a ficar engraçado.
Saudade de perder tempo esperando, de ganhar tempo observando, de abrir a porta de manhã logo depois do sol nascer.
Saudade de esconder sentimentos de tal forma que acabavam ficando mais claros do que deveriam.
Saudade de dormir e de acordar quase caindo da cama.
Saudade do friozinho de perder a coberta no meio da noite fria.
Saudade da bebedeira, de sonhar, de ter certezas impossíveis.
Saudade de sentir, de respirar, de não ter uma vida boa, mas terminar o dia sorrindo.
Saudade de acreditar nos desejos possíveis, mesmo que hoje pareçam impossíveis.
Saudade de entender a saudade que bate 2 segundos depois da partida e que não passa no reencontro.
Saudade do futuro que não chegou e mais saudade ainda do futuro que me espera.
Saudade que me prendeu e que logo me libertará.

Saudade sempre haverá, pra lembrar, sorrir e suspirar, mas agora entendendo que passou e que o futuro será feliz, mas flutua e temos que saltar alto para buscá-lo.

Saudade, preciso ir embora!